Com o objetivo de se conhecerem pessoalmente e trocarem experiências, os jovens participantes do Projeto “Protejo”, se reuniram, na primeira quinzena de outubro, para compartilhar seus avanços durante a realização do projeto. No último ano, apesar da pandemia, o projeto continuou no formato online, possibilitando muitos aprendizados. A atividade presencial foi realizada seguindo todos os protocolos de prevenção à Covid-19. O projeto será encerrado, em novembro, na região.
Durante o encontro, os jovens puderam descrever algumas de suas experiências no projeto, os desafios enfrentados e as contribuições que a jornada trouxe para cada um. A atividade contou com a participação de representantes da Regional Petrolândia, das secretarias de Trabalho e Geração de Renda e de Direitos Humanos, por meio da Diretoria de Juventudes.
O "Protejo" tem como missão acompanhar jovens entre 15 e 24 anos, residentes em territórios vulneráveis, para possibilitar a construção de um projeto de vida, encaminhando-os para as redes protetivas (formais e não formais) quando necessário, assim como sensibilizar os jovens para ações coletivas e de engajamento social.
Desenvolvido desde 2019, beneficiando jovens da região do Petrolândia, o projeto foi interrompido, presencialmente, em março de 2020. Em julho de 2021, foi retomado de forma remota, com encontros online. Atualmente, cerca de 25 jovens são atendidos pelo projeto.
“O Protejo tem a intenção de despertar nos jovens suas potencialidades, aprimorar conhecimentos e habilidades, oferecendo oportunidades de acesso a tecnologias para o crescimento social e pessoal dos participantes”, explicou a assistente social da Superintendência de Prevenção às Violências, da Secretaria de Defesa Social, Mônica Alves.
Segundo ela, o projeto, apesar dos desafios impostos, obteve um bom alcance e tem deixado contribuições significativas na trajetória dos jovens inseridos. “O projeto tem o intuito de auxiliá-los, especialmente, na construção de um projeto de vida, algo que demanda uma rede de apoio, acesso a serviços e identificação de possibilidades. Acredito que esse objetivo foi alcançado”, afirmou.
Para a administradora da Regional Petrolândia, Márcia Ramalho, o projeto é muito importante para toda a juventude do território. “O Protejo oferece uma oportunidade para que os jovens sigam caminhos mais promissores, tanto pela formação quanto pelas oportunidades de trabalho que foram abertas pelo projeto”.
Para a estudante do 3° ano do ensino médio, Camila Almeida Silva, 19, o “Protejo” foi, a princípio, uma forma de garantir seus próprios recursos financeiros, mas também possibilitou novos conhecimentos. “A forma de me expressar mudou, depois das aulas de Letras que tivemos em 2019. Também aprendi a interagir com o público e atores em uma peça de teatro, e a cuidar melhor da minha saúde. Agora, estou aprendendo a ser paciente e a esperar pelas coisas”.
Já Felipe Boaventura Cotta Alves, 16, estudante do 9º ano, contou que o projeto o ajudou a aprender coisas importantes para a vida adulta, como os seus direitos e a usar plataformas de computador, além de muitas outras coisas. “Acho que o conteúdo das aulas do “Protejo” deveriam estar na escola formal, pois as aprendizagens são muito importantes por serem para a vida toda”, opinou.
O estudante Ruan Pabllo de Souza, 16, conseguiu seu primeiro emprego por meio do projeto, um estágio na área de recursos humanos, na Prefeitura de Contagem. “O projeto para mim foi muito produtivo e não tenho palavras para dizer o quanto ele me ajudou. Minha perspectiva de vida mudou para muito melhor. Antes do projeto, eu tinha uma mente muito pequena. Agora, as minhas perspectivas de vida se ampliaram”.
O Projeto “Protejo” é executado por meio de convênio celebrado com o Ministério da Justiça. A Secretaria Municipal de Defesa Social, por meio da Superintendência de Prevenção às Violências e Promoção de Territórios Seguros é responsável pela gestão do projeto.